quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Entrevista: Underneath

Após alguns anos afastados da música, os nacionais Underneath regressam ao ataque com o seu álbum de estreia, "Gruesome Evolution Respawned". Aqui fica uma breve entrevista com um dos membros fundadores da banda, o guitarrista Sérgio Garraio.


O álbum de estreia já era uma pedra no vosso sapato há bastante tempo. Que motivos contribuíram para que o “Gruesome Evolution Respawned” só saísse em 2012?
A banda esteve em diferentes períodos privada de alguns dos seus membros, ao que se juntou a saída do baixista. Por isso, decidimos aguardar até que as coisas estabilizassem para lançarmos o álbum.
 

O título escolhido sugere que a banda ganhou um novo fôlego com este lançamento. É isso que se verifica? Achas que as coisas vão melhorar daqui em diante?
Por um lado sim mas acima de tudo queríamos assinalar o início duma nova era, aliado ao título do álbum o alinhamento também demonstra essa transição, essa “evolução”. Muito sinceramente não te sei dizer se as coisas vão ou não melhorar, a única certeza que temos é que vamos continuar a fazer aquilo que gostamos, ao nosso ritmo e dentro das nossas possibilidades.

Aliaram-se à Dethstar Wreck’ordes para lançar este disco. Como nasceu esta ligação entre banda e editora?
Nasceu do mesmo modo que muitas das coisas no nosso underground nascem, conversa aqui conversa ali, copo aqui copo ali e surgiu a ideia, como era benéfico para ambas as partes decidimos avançar.


Até ao momento, como tem sido a receção ao “Gruesome Evolution Respawned”?
Tem sido bastante positiva tendo em conta que estivemos bastante tempo afastados do “meio”.

Depois de terem alcançado um dos vossos maiores objetivos com o lançamento do álbum de estreia, quais são as metas e planos que traçam para o futuro?
Infelizmente, hoje em dia fazer planos é como jogar a roleta russa ou pior, mas de momento o objetivo é promover ao máximo o álbum e iniciar as gravações do próximo.

Como está a vossa agenda de concertos?
Como somos obrigados a conciliar a nossa agenda com a das restantes bandas dos outros membros, não temos para já muitas datas agendadas. Dia 8 vamos a Coimbra, em Março pretendemos fazer duas datas pelo Norte e depois disso correr o circuito habitual de bares e festivais.

A Internet cada vez é mais utilizada como um meio de divulgação e promoção. Que influência achas que esta ferramenta tem tido na cena nacional e nos Underneath, especificamente?
Quer se goste quer não, a Internet devido ao seu alcance tornou-se imprescindível na promoção e divulgação de qualquer banda, mas isso tem um preço. Quantas e quantas bandas não investem tempo e dinheiro no lançamento dos seus trabalhos e acabam por ficar com caixotes de CDs arrumados num canto? Esse foi sem dúvida o fator que mais pesou na nossa decisão em co-editar o álbum com a Dethstar. Se essa oportunidade não tivesse surgido, provavelmente o álbum já teria sido disponibilizado online há bastante tempo atrás.


Como vês a cena nacional atualmente? Há alguma banda que acompanhes mais de perto?
Tem-se notado um aumento na qualidade e variedade de bandas, felizmente já não estamos limitados a determinados estilos como acontecia no passado e isso também se nota nas zines, rádios e blogs. Vou acompanhando as coisas dum modo geral, porque com a oferta que temos é quase impossível acompanhar só esta ou aquela banda, esse é talvez o maior problema que temos em Portugal, basicamente não tens fãs, tens membros de bandas e pouco mais.

Gostarias de acrescentar alguma coisa antes de terminarmos?
Quero agradecer a oportunidade que nos deste para falar um pouco do nosso trabalho e à restante comunidade pelo apoio que nos tem dado.

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