quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Entrevista: Sinister

Os Sinister são uma das principais referências quando se fala de Death Metal proveniente da Holanda. Com uma carreira que já atingiu a marca das duas décadas, eles estão de volta com um novo álbum e uma formação renovada. Foi precisamente sobre isso que conversámos com o vocalista e líder do grupo, Aad Kloosterwaard.
Em Maio de 2011, ficaste numa posição difícil quando o Alex e o Edwin abandonaram os Sinister. No entanto, poucos dias do seu abandono, anunciaste que os teus colegas de banda nos Absurd Universe seriam os substitutos. Por que razão os escolheste e como é que eles reagiram ao teu convite?
Sim, não foi fácil, mas não era razão para acabar com os Sinister. Nem pensar! Contactei os meus colegas de banda nos Absurd Universe e falei-lhes sobre a hipótese de fazerem parte dos Sinister e eles disseram logo que sim. Por isso, foi muito bom... Uma formação nova num dia.

Agora que os Sinister e os Absurd Universe partilham a mesma formação, em que situação ficam os Absurd Universe?
Eu não tenho tempo para os Absurd Universe. Os Sinister, as nossas famílias e trabalhos já nos consomem todo o tempo que temos.
 
As mudanças de formação trazem novas ideias e motivação extra, mas, por outro lado, também afetam a estabilidade e a identidade musical de uma banda. Tendo em conta a tua carreira com os Sinister, como analisas a recente mudança de formação?
Já estou tão farto de falar sempre das mudanças de formação... Não posso fazer nada em relação a isso, as coisas são como são. A última formação não era boa para mim, estava a tocar com pessoas que não estavam lá muito interessadas em música e, muito menos, em Death Metal. Elas saíram por falta de motivação e, olhando para trás, fico contente que assim tenha sido, porque agora tenho uma formação cujos membros estão realmente interessados em Metal. Além disso, também sabem o que é tocar numa banda como Sinister. 


"The Carnage Ending" é um título curioso. Já vi alguns fãs preocupados com a possibilidade de este ser o vosso último álbum. No entanto, quando leio as tuas entrevistas, passas a ideia de que acabar com a banda não é algo que te passe sequer pela cabeça. Podes explicar, então, o significado deste título?
(Risos) Sim, eu sei disso e não sei o porquê de os fãs pensarem isso. "The Carnage Ending" é um título que soa bem e foi essa a única a razão para o escolhermos. Também já temos o título para o próximo álbum, que vai ser um trabalho conceptual. Já escrevemos seis letras para ele!

Este álbum foi gravado nos Soundlodge Studios com o Jörg Uken, tal como o "Legacy of Ashes". Presumo que estejas muito contente com os resultados obtidos e que gostes de trabalhar com o Jörg. 
Claro! Estou mesmo muito contente com os resultados. Trabalhar com o Jörg é sempre bom para os Sinister, porque ele dá-nos sempre o som que gostamos de ter. Os dois últimos álbuns também foram gravados nos Soundlodge Studios, por isso não precisámos de pensar muito na hora de voltar lá.

Gravaram cinco versões para a edição especial. Como surgiu esta ideia e como escolheram as versões que iam fazer?
Foi ideia minha. Já a tinha em mente há mais tempo, mas não foi possível concretizá-la com os membros da formação anterior, porque para eles isso dava demasiado trabalho. Agora com esta formação foi a altura certa para colocar esta ideia em prática e penso que funcionou incrivelmente bem. Ficou claro desde o primeiro momento que teriam de ser canções do nosso passado e, por isso, escolhemos cinco que toda a gente conhece. Só a dos Bloodfeast é que talvez não seja tão famosa.

De todas as versões, tens alguma favorita?
É difícil dizer, porque gosto de todas as bandas. Contudo escolho a “Spit on Your Grave”, dos Whiplash. Gosto muito dessa.


Até ao momento, o que te têm dito os fãs sobre o “The Carnage Ending”?
Temos tido respostas incríveis e estamos mesmo muito felizes por isso. Matámo-nos a trabalhar neste álbum para que soasse o melhor possível.

Como único membro sobrevivente da formação original, quais foram para ti os melhores e piores momentos durante estas duas décadas nos Sinister?
Há demasiado para dizer em relação a isso! Todas as bandas têm os seus altos e baixos, mas posso dizer que estou muito orgulhoso desta grande banda.

Quando formaste os Sinister, eras o baterista e agora és o vocalista. Como comparas esses dois papéis na banda e que vantagens e desvantagens trazem?
Estou feliz por agora ser o vocalista, porque graças a isso recuperei o prazer em fazer música. Depois de tantos anos como baterista, já não sentia esse prazer. Uma coisa boa agora é que já apareço nas fotografias dos concertos (risos).

Entrevista feita em colaboração com a Infektion Magazine. 

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