Após a disputa de nome dos Gorgoroth e todos os problemas inerentes à criação dos God Seed, a nova banda de Gaahl e King ov Hell lança finalmente o seu álbum de estreia. Foi precisamente com este último que estivemos ao telefone.
Como te sentes em relação ao "I Begin"? O resultado final foi de acordo às expetativas que tinhas quando começaste a trabalhar nele?
É óbvio que
quando começas a trabalhar num álbum não sabes exatamente como tudo vai soar no
final. Contudo, eu e o Gaahl sabíamos que queríamos construir algo a partir daquilo
que fizemos no passado e tentar criar algo novo, usando influências dos anos
70. E foi isso que acabou por acontecer.
Foi difícil criar este álbum? Fala-me um pouco do seu processo de composição e gravação.
Compus a
maioria do material para este álbum antes de envolver quem quer que fosse.
Quando já tinha uma boa quantidade de canções escritas, eu e o Gaahl recrutámos
os restantes membros para os God Seed, que são o Kenneth Kapstad dos
Motorpsycho na bateria, o Geir Bratland dos Dimmu Borgir nos teclados, e nas
guitarras o
Lust Kilman dos Batallion e o Sir, que tocou com o Gaahl na sua antiga banda, Trelldom. Eles também contribuíram com muitas ideias para este álbum.
Por que motivo convidaste estes membros para fazer parte dos God Seed?
Todos eles
já eram amigos meus e do Gaahl antes de lhes termos perguntado, mas também foi por causa das suas aptidões musicais. Todos eles são bons músicos e têm
conhecimentos em outras sonoridades, como Pop, Jazz, Rock… Por isso, têm
um estilo único. O Lust Kilman, por exemplo, foi muito
importante na composição. Não só acrescentou variedade às canções, como
também compôs uma delas, a “Aldrande Tre”. Também trabalhei nas partes dos teclados em estreita colaboração com o Geir Bratland, que foi um membro crucial.
Por acaso, a próxima pergunta está ligada aos teclados. Tal como é referido na nota de imprensa, o "I Begin" possui uma atmosfera à anos 70 muito devido à forma como os teclados são utilizados. Pensas que os God Seed te deram a oportunidade de explorar novos horizontes musicais que não terias explorado se tu e o Gaahl tivessem ficado nos Gorgoroth?
Essa é uma pergunta difícil! Não sei, mas provavelmente as canções teriam soado um pouco diferentes. Também tem a ver com o facto de sermos mais velhos agora. Passaram cinco ou seis anos desde que escrevemos juntos o "Ad Majorem Sathanas". Por isso, talvez tenhamos amadurecido entretanto.
Vês os God Seed como uma continuação daquilo que fizeste nos Gorgoroth ou considera-los um projeto diferente?
Vejo-os como
uma progressão natural do meu próprio método de composição. O que fiz nos Gorgoroth,
faço agora nos God Seed com o Gaahl e os novos membros. Por isso, tudo se
baseia em nós, digamos assim. Tentámos evoluir e fazer algo de diferente.
Em Agosto de 2009, o Gaahl anunciou que se tinha retirado do Metal e, como consequência, dos God Seed. Como lidaste com essa situação na altura? Ponderaste enterrar a banda ou encontrar um novo vocalista, por exemplo?
Não foi nenhum drama. O Gaahl simplesmente queria afastar-se um pouco de tudo, por
isso congelámos a banda. Houve um entendimento mutuo de que ele iria apenas fazer uma pausa, que iríamos deixar a banda em espera por algum tempo e que depois voltaríamos a pegar nela. E foi o que fizemos.
Em Novembro, os God Seed iniciarão uma digressão europeia ao lado de Cradle of Filth, Rotting Christ e Blynd. O que podemos esperar dos vossos concertos?
É óbvio que
vamos tocar muito material novo, mas também vamos incluir algumas das canções
antigas que escrevemos quando estávamos nos Gorgoroth. Contudo, vamos focar-nos
principalmente no material novo.
Quais são os teus planos e objetivos para os God Seed? O que pretendes alcançar com esta banda?
Hmm... Não sei
se há algo que queira alcançar para além de expressar-me. E não sei o que irei alcançar com isso, mas o importante para mim é fazer música e expressar-me através dela.
Entrevista feita em colaboração com a Infektion Magazine.
Entrevista feita em colaboração com a Infektion Magazine.
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