Cannibal Corpse, Grog, Hunted Scriptum
Hard Club, Sala 1 - 17/06/2012
Depois de
cinco anos sem pisar terras lusas, os Cannibal Corpse regressaram
finalmente a Portugal para saciar a vontade dos seus fãs de (re)vê-los ao vivo.
Na bagagem, o colectivo americano trazia "Torture", o 12º longa-duração
de uma carreira consistente e bem-sucedida.
Pouco depois
do fim de um emocionante jogo de futebol entre Portugal e a Holanda, os Grog
deram início às hostilidades numa Sala 1 já bem composta e que apontava para a
enchente. Numa actuação competente e que se ia tornando cada vez mais cativante
à medida que decorria, o experiente quarteto lisboeta presenteou o público com
a sua descarga de Death Metal com laivos de Grindcore e revelou-se um bom
aquecimento para o que aí vinha, arrancando bons aplausos e até algum mosh.
Terminados
os arranjos e o breve soundcheck, as luzes do recinto apagaram-se e os
presentes entraram em euforia à medida que Paul Mazurkiewicz, Pat O'Brien, Rob
Barrett, Alex Webster e Corpsegrinder entravam em palco. A abrir,
"Demented Aggression" instaurou o headbang e o mosh,
notando-se desde logo o bom som que saía das colunas do Hard Club. Seguiram-se,
quase sem interrupções, "Sarcophagic Frenzy" e "Scourge of
Iron". A partir daqui, os Cannibal Corpse começaram a interpretar
canções de todos os seus discos, destacando-se "The Time to Kill is
Now" e "I Cum Blood", que atingiram níveis de intensidade bem
altos. Bem-humorado, Corpsegrinder dialogou com o público e ainda dedicou
"Priest of Sodom" a todas as mulheres presentes. Guardadas para o fim
ficaram a icónica "Hammer Smashed Face" e "Stripped, Raped and
Strangled", encerrando um poderoso concerto da banda americana que não
deve ter deixado ninguém insatisfeito.
Com sensação
de dever cumprido e com uma longa viagem de regresso pela frente, foram vários
os presentes que começaram a abandonar a Sala 1 enquanto se faziam os preparos
para a última actuação da noite. Já passava das 0h35 quando os
bracarenses Hunted Scriptum começaram a tocar e, apesar de contarem com
menos espectadores, mostraram-se a bom nível. Vestidos a rigor com batas de
cirurgia e o vocalista preso num colete-de-forças, debitaram o seu Death Metal
de forma convincente, motivando os resistentes a esgotar as energias que ainda
lhes restavam.
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